Nosce te Ipsum

"Um quadro só vive para quem o olha" - Pablo Picasso

(Nosce te Ipsum)

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Soneto para Aloízio Mercadante dançar Chico Buarque


"Soneto para Aloízio Mercadante dançar Chico Buarque"


Dança agora Aloízio Mercadante
E não são, certamente, os seus bigodes
Aquilo que te faz tão inconstante
Nós não sabemos o quanto ainda podes

"O governo não vai mais negociar"
Hoje corta fundos da educação
E enfia nos nossos fundos a canção
A gente samba o Chico, Lalalaiá


É copa pão e circo, tchê tchê rê rê
Esperando você, Quem te viu, Quem te vê
Antes lutava, antes educava


Esperávamos por você, Quem te viu, Quem te vê
Não reconhece, já não é mais o mesmo cabra
Nós não reconhecemos nem você nem o PT


(Por Marcos P. S. Caetano)

09h58 de 30 de Agosto de 2012, Fortaleza-CE.


Aloizio Mercadante Oliva (Santos, 13 de maio de 1954) é um economista e políticobrasileiro.
Foi um dos fundadores do PT em fevereiro de 1980 e o vice-presidente do partido entre 1991 e 1999. Foi senador pelo estado de São Paulo entre 2003 e 2010. De 2011 a 2012 foi Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, e, em 2012 tornou-se Ministro da Educação, devido à saída de Fernando Haddad para concorrer à Prefeitura de São Paulo.

Aloízio Mercadante Oliva, em 4 de julho de 1984, texto A Greve, O Feijão e O Sonho.

Palavra da vez:


reconhecer |ê| - Conjugar

v. tr.

1. Conhecer novamente (por certas particularidades) que uma pessoa ou coisa é a mesma que noutro tempo nos foi conhecida.

2. Achar que é o mesmo.
3. Descobrir.
4. Ficar convencido de, admitir, ter como verdadeiro.
5. Confessar.
6. Examinar, explorar.
7. Recompensar; agradecer.
8. Declarar legal, ter por legítimo.
9. [Marinha]  Aproximar-se da costa ou de uma paragem para a examinar.
v. pron.
10. Conhecer a própria imagem.
11. Declarar-se, confessar-se.
reconhecer um filhodeclarar-se pai ou mãe de alguém.


Referência Musical: "Quem te viu, Quem te vê" - Chico Buarque



segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Uma temporada na Terra




"Uma temporada na Terra"


Na noite, num banho frio
Um córrego de sombras, a luz
Uma tosse, um ruído, um arrepio
Brumas de madrugada que nos conduz
A vida um carbono no século vinte e um
O dia inteiro a correria
e... Na noite, num banho frio
Há tristeza, som, melancolia
O silêncio sem coração não faz tum-tum
No meio do sorriso a desalegria
No meio da vida a rotina, o rito
É o sarcasmo do cancro espírito
O santo que desatina: o grito!
Sem deus nem diabo, o que se faria?
E eles? Os homens, o que farão?
Na noite, num banho frio
Dentro da cabeça todo desenvolvimento
é fraco-raso-inútil envolvimento
Esguio e longânime o des-envolvimento
Na pressão da felicidade: o brio;
Ser infeliz é liberdade
Quando a fumaça é o sol da vaidade

*

É o escarro e o cuspe o marasmo
O tempo nos ensinando o bê-a-bá ou bê-o-bô
Uma temporada no inferno é pouco, Rimbaud
Comparada à vida na terra, quase pasmo
Ele berra! Ninguém morre sorrindo, então enterra!
Como se o cérebro fosse mais que um inseto
e a força do pensamento a palavra que falta
para Clarice Lispector,
Morrer é mais que ser um nauta
no silêncio e no deserto
Como se a lua fosse amiga da estrela
como se pudesse ela sê-la
A distância é o único ponto certo.
Ninguém morre feliz e com equilíbrio,
Então enterra!
Isso é uma temporada na Terra!

*

(Por Marcos P. S. Caetano)
1° parte 16 de Outubro de 2008 às 3h36, e 2° 16 de Outubro de 2008 às 3h56


Imagem: Poeta Arthur Rimbaud aos 17 anos, retratado por [Étienne Carjat]], provavelmente em dezembro de 1871.


Palavra da Vez:

inferno |é| 
(latim infernum, -i

s. m.
1. [Mitologia]  Habitação das almas dos mortos.
2. [Religião]  Lugar destinado ao castigo eterno da alma dos pecadores, por oposição ao céu. (Geralmente com inicial maiúscula.)
3. Lugar dos demónios.
4. Conjunto dos demónios.
5. [Figurado]  Vida atribulada ou de sofrimento.
6. Coisa desagradável.
7. Desassossego, sofrimento.
8. Grande confusão ou gritaria. = INFERNEIRA
9. Refeitório de certas ordens religiosas (onde os frades comiam carne).
10. Reservatório para onde escorrem os resíduos do fabrico do azeite.
11. Vão em que gira a roda da azenha.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Rua Amazonas - No repeat em 2010



Série:

SINAL VERMELHO
-
PELAS RUAS DE UMA FORTALEZA
-
SOLIDÃO







RUA AMAZONAS

- No repeat em 2010.


O celular descarregou. Só teve carga suficiente para me acordar, era o único despertador. Por isso não o levei. Dei bom dia para o dia, essas coisas que se fazem pela manhã. Coloquei a calça e a blusa manga longa preta, e caminhei por setembro. Fui pra Pasárgada, Bandeira dominical.

Segui com New Year’s Day no repeat do meu MP4, e ainda lembrei que já havia MP não sei das quantas, precisava fazer um download do século vinte e um.

Não pensei sobre o sol, nem sobre as pessoas que passavam por ali, pensava apenas em minha Pasárgada. Quando entrei na floresta. Era a famosa Rua Amazonas. Ainda na descida, não me esqueço, das casas de famílias, das pessoas que viandavam por ali, da mãe grávida e com uma criança de colo que passou por mim. Ainda avistei o bar do pai de um amigo de infância de meu tio, e lá ele estava com muita gente e com seu bar. E foi debaixo de uma casa com uma árvore que botou seus galhos pra fora do muro só pra assistir:

Vinham os três de bicicleta e o MP4 cantava “I will begin again... I will begin again[1], era uma bela voz, como diria meu querido latim.

Vi mas não olhei. Os três tinham aquele jeitinho brasileiro. E estavam de bicicletas.
“Passa o celular” “não tenho nada” “Dá logo um tiro nele”, disse o outro. “Bóra, passa o celular” “tem medo de levar um tiro não?” E depois que percebeu que eu estava sem nada, pegou o MP4 que foi embora cantando “and gold is the reason for the wars we wage”.

And gold is the reason for the wars we wage.[2]

Tinham rostos jovens, os três. Não consegui falar nada, mas eu quis. Quis dizer “Pô, cara vai estudar! Pra quê fazer isso?” sim, eu quis dizer “é isso que vocês querem da vida? Atira! Vai, atira! Mata, e aí? Mata um cara hoje e leva um tiro amanhã. É preso, E aí? A mãe e o pai de vocês gostam disso? O que eles pensam sobre isso? Vão arruinar a vida de vocês aqui? Vai! Atira! E sai na porra dessa bicicleta! Atira! Eu estudo. O que vocês deveriam fazer! Não tô por aí roubando, mesmo sendo pobre. Vocês podiam usar essas bicicletas pra esporte e não pra isso. Atira!” sim, como eu quis dizer “E depois? Quando quiserem ter uma vida bacana? E aí? Vão dormir todos os dias com o peso de tanta morte na cabeça. E aí? Atira! O que as futuras namoradas de vocês vão pensar? É isso que vão ensinar pros seus filhos? Vai, atira!” eu não disse. Meu silêncio era o conformismo de todo um povo. E o povo da rua apenas olhou, e é óbvio que ficou comentando o resto do dia sobre o perigo que tá a rua, plenas dez horas da manhã.

Eles foram embora e não atiraram. Eu que atirei neles. O meu silêncio pode ter sido um gatilho apertado duma pistola qualquer que vai estourar os miolos de algum deles. Não disse tudo que queria... A única coisa que consegui dizer um deles escutou, os outros saíram rápido “cara, vai estudar”, e esse que escutou, abaixou a cabeça e seguiu, pude ver a tristeza como Bandeira de sua cara. Ele não iria pra Pasárgada, foi com os outros dois pela Rua Papi Júnior.

Eu segui meu caminho. Não tinha mais minhas músicas. O MP4 era uma placa de som na minha CPU, foi embora e não era onboard, mas há ainda som na minha cabeça, esse era onboard. E eu segui ouvindo a música que estava depois de New Year’s Day na lista, era Pride e não parava “In the name of Love... What more in the name of Love?”.

In the name of Love… What more in the name of love?[3]

  Ainda olhei pra trás, no momento em que virei para outra rua, e vi aqueles galhos-platéia. Lembrei que estava saindo da floresta, realmente uma selva. Já diria Zaratustra que é certo que sou uma selva e uma noite de escuras árvores... E eu não vi as sendas de rosas sob os ciprestes.


[1] Eu começarei de novo.
[2] E ouro é a razão para as guerras que nós combatemos.
[3] Em nome do amor... O que mais em nome do amor?


(Por Marcos P. S. Caetano)


Fortaleza, 2010.


Palavra da Vez:

"Pasárgada ou Pasárgadas[1] (em persa: پاسارگاد‎, transl. Pāsārgād; em grego: Πασαργάδες; em latimPasargadae) era uma cidade da antiga Pérsia, atualmente um sítio arqueológico na província de Fars, no Irã, situado 87 quilômetros a nordeste de Persépolis. Foi a primeira capital da Pérsia Aqueménida, no tempo de Ciro II da Pérsia, e coexistiu com as demais, dado que era costume persa manter várias capitais em simultâneo, em função da vastidão do seu império: PersépolisEcbátanaSusa ou Sardes. É hoje um Patrimônio Mundial da Unesco. (...)"

Referência no célebre poema de Manuel Bandeira: "Vou-me embora pra Pasárgada".





U2 - New Year's Day






sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Daniel e o Lamento do Beijo Grego




"Daniel e o Lamento do Beijo Grego"

Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can´t you understand
Oh my little girl

- Είσαι καλά; Φαίνεται αποπροσανατολισμένος.

Aquilo lhe era estranho, não entendera. A fala daquele povo lhe fazia se sentir um bebê, ouvindo os pais pela primeira vez.

- Μήπως χρειάζεστε βοήθεια;

Em um passe de tédio e descontentamento, Daniel dormira em solo brasileiro e acordara em solo grego. As placas, os olhares, as roupas, os movimentos das pessoas. Era tudo um novo mundo. Alguns se aproximavam com seus olhos e bocas gentis, mas de fala ininteligível, não sabia o que era amigo ou não. Sentiu-se além de um bebê, um animal acuado, arisco. Aos poucos foi percebendo que ele era como todas as pessoas dali, de carne e osso. Bem mais carne e osso que as pessoas próximas dele no Brasil, pensara Daniel.

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm

- Βραζιλίας; Do you speak english?

- It’s okay. Thanks.

Aqui elas falavam mais com ele, ou, ao menos, ele conseguia percebê-las melhor. Seus sons eram mais reais. Seus rostos eram mais reais. Seus significados eram mais reais. Mesmo assim, a Grécia lhe parecera muito mais psicodélica. E a realidade, não é psicodélica?

Vows are spoken
To be broken
Feelings are intense
Words are trivial
Pleasures remain
So does the pain
Words are meaningless
And forgettable

A sua não parecia. Era morna, poucos diálogos, pouco contato, muita distancia entre um arrastar de sapatos castanhos, ou um arrastar de olhares castanhos nas ruas. Castanho...
A moça que o abordou e falou alguma coisa, logo se resignou com o sorriso sem jeito de Daniel, mas, os cabelos dela eram castanhos.
Essa era a única coisa que ele conseguia lembrar-se da santa: os cabelos castanhos. Talvez apenas a sua fixação. O rosto já não se formara em sua mente, seus olhos, o nariz, nem os detalhes, menos ainda os movimentos. Tudo que ele amava nela, de tudo, só lhe restaram os desgostos castanheiros. A imagem se quebrara, apenas uma vaga lembrança castanha. Onde é que o amor acaba? Daniel não sabia, não entendia suas dúvidas castanheiras. Onde o amor acaba?! O amor acaba quando a gente começa a ver mais o lado negativo ao lado positivo da pessoa, pensara Daniel. Ele não via mais a beleza, não recordava mais dos pés pisando em memórias bonitas, era tudo um lodaçal, mas, ainda assim, um lodaçal castanho. Mesmo assim, será só isso? A imagem, esse bloco de significado que construímos uns dos outros, onde é que nós o sepultamos? Quando é que ele quebra? Será que conseguimos ter das pessoas mais que apenas vagas imagens na nossa cabeça? Para Daniel, o amor era como aquela Grécia, tudo muito psicodélico, principalmente quando acaba.
E quando acaba, Daniel ainda ouve:

- It is night now awaken all
corners of the lovers. And my soul is
also a corner of her lover.

Era um rapaz que lia um trecho de um livro para uma moça que estava com ele. Era do Zaratustra de Nietzsche, reconhecera Daniel. Prostrou-se naquela profunda reflexão, sabendo, que ele também era uma fonte de uma canção noturna.

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm

Enjoy the silence

Contudo, não houvera canção alguma para a recepção de Daniel, apenas o seu mais novo maior companheiro dos próximos tempos: o silêncio. Ou, talvez Daniel não tenha ouvido uma brasileira que escutava Enjoy the Silence em seu Ipod, ao som de Keane, bem ali, ao seu lado.

- Olá? – disse um senhor de roupas brancas, barba e cabelos longos, além  de cinzas. Mas, o que lhe chamava atenção eram as omoplatas, pois eram enormes. As omoplatas.

- Oi? – disse Daniel, assustado.

- É o amigo de Berilo, não? Daniel, é esse seu nome?

- Sim, não sabia que seria reconhecido logo... Qual seu nome?

- Deixemos essas perguntas para nossa próxima conversa. Vamos, ele lhe espera.

- Ele quem?

- O Banquete.

(Por Marcos P. S. Caetano)
Fortaleza, 16h49 de 03 de Agosto de 2012.



Confira aqui a Série Daniel Riva:



Pintura: Pablo Picasso, O Velho Guitarrista, de 1903.

Palavra da Vez:

silêncio 
(latim silentium, -ii
s. m.
1. Estado de quem se abstém ou pára de falar.
2. Cessação de ruído.
3. Interrupção de correspondência ou de comunicação.
4. Omissão de uma explicação.
5. Sossego, quietude, calma.
6. Segredo, sigilo.
7. Toque nos quartéis e conventos, depois do recolher.
interj.
8. Expressão usada para impedir de falar ou pedir que alguém se cale. = CALUDA



Referência Musical: Keane - Enjoy the Silence




quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Daniel Riva e a Melancolia




“Daniel Riva e a Melancolia”

Estáticos nós estávamos, eu e ele. Eu tinha a capacidade de pensar, mas ele era mais profundo e imponente do que eu. Eu movia os dedos, ele no ar brincava feito vento, contudo, eu o segurava como quem segura um punhado de inseguranças...

Oh no, I see,
The spider web is tangled up with me
And I lost my head
The thought of all the stupid things I'd said

O poema se jogava sobre mim, sobre minhas dores, sobre as minhas certezas, sobre meus juízos, sobre os juízos que me sopesavam. O poema se derramava na navalha dos meus verbos e me sangrava a palavra, o poema, por fim, abaulava-se nas minhas entranhas sem mesmo as conhecer...

Oh no, what's this?
The spider web, and I'm caught in the middle
So I turn to run
And thought of all the stupid things I'd done

Estávamos ali, eu e o poema de André Berilo, um segundo poema em minhas mãos. Mais mágico que o chegar ao poema foi o tocá-lo. Aquelas quadras que perambulei nem lembro, apenas quando cheguei a minha rua:
- Um homem apareceu em sua casa, vizinho. Deixou cair isso de seu bolso, tentei chama-lo, mas ele não ouviu. Aguardei para entrega-lo, senhor Daniel.
- Obrigado, muito obrigado.
Achei estranho, nunca falava com vizinhos, mas a minha cabeça, ainda submersa na situação daquela mulher que eu já esquecera o nome, e também não a denominava de santa, pois já havia perdido a sua identidade, a minha cabeça não estava para prestar atenção se eu falava ou não com vizinhos... Trouble...

Era a passagem para Atenas... Dentro de dois dias estava programado para que eu embarcasse. Não sei como ele fez, mas estava em meu nome, talvez tenha sido toda essa confusão, esses dias não consegui me concentrar em mim mesmo. Não recordo se o enviei os dados ou não, o fato é que aquela passagem era viva e próxima ao poema. O poema parecia capa de um livro e a passagem introdução...

And I never meant to cause you trouble
I never meant to do you wrong
And ah, well if I ever caused you trouble
Oh, no I never meant to do you harm

Estava cansado das minhas dores, da minha melancolia, do meu escuro, mas ao mesmo tempo estava viciado, queria entender sobre isso... Eu amava? Isso era amor? O que é o amor? Quais são seus objetos? Após o que ela me disse fiquei a pensar... Um nó se formou em minha cabeça... Daniel, que Deus te guie, era apenas o que eu clamava.

Oh no, I see
The spider web, and it's me in the middle
So I twist and turn
But here am I in my little bubble

Antes de dormir aceitei, aceitei tudo o que tinha de aceitar, o que era aceitável. Desliguei o som com o Coldplay arquejando Trouble:

They spun a web for me
They spun a web for me
They spun a web for me

Eu sentia que estava numa teia, além da bolha. Larguei o poema, segurei as dúvidas e demorei o sono...

Deus do Niilismo

Ó meu Deus
Deus do infinito, do nada
Ó meu Deus do desconhecido
Do anoitecer e da minha alvorada
Deus destituído e falido, meu Deus, meu abrigo
Minha esmola, minha muleta
Deus que não há dentro, não há fora
Meu Deus do nada, sem silhueta, sem forma
Ó meu Deus que em ti não acredito
Sê apenas uma companhia, que preciso
Não fala, quero teu silêncio, teu nada
Ó Deus do desconhecido, desce
E dorme comigo...

Deus não desceu, mas o poema com Daniel dormiu.



(Por Marcos P. S. Caetano)

Fortaleza, 00h34 de 04 de Outubro de 2011


Série Daniel Riva:











Pintura: Albrecht Dürer, Melancolia I, de 1514.


Palavra da Vez:

melancolia 
s. f.
1. Tristeza profunda e duradoura.
2. Hipocondria.




Referência Musical: Coldplay - Trouble